09/02/2023

Blindagem de carros é suspensa no Brasil por meio de decreto

Blindagem de carros é suspensa no Brasil por meio de decreto

O governo federal suspendeu a autorização de blindagem de veículos e a transferência de carros blindados. A suspensão temporária se deu em virtude da publicação do Decreto 11.366/2023, no dia 1° de janeiro. Em trecho do dispositivo supracitado, a União revoga o Decreto 10.030, de 30 de setembro de 2019. Com isso, as blindadoras ficam de mãos atadas. Pelo menos por enquanto.

Para blindar um automóvel é preciso de uma autorização do Exército e, segundo fontes ouvidas pela reportagem, pouco depois de meados de janeiro, essa autorização não está mais acontecendo.

Desta forma, quem precisa realizar uma blindagem ou transferir de propriedade vai precisar aguardar os próximos capítulos. Segundo o gerente de contas Norte-Nordeste da Carbon Blindados, Leonardo Arnaud, em alguns estados a operação está andando. “Ceará, Pernambuco e outras regiões estão com dificuldades maiores para realizar a blindagem”, afirmou.

 

“É uma medida que vem como o novo governo, mas que pode atrapalhar o mercado durante esse período, até que tudo fique alinhado”, acrescentou Arnaud.

Já o consultor de Produtos Controlados do Exército da Target Blindados, Carlos Fidelis, acredita que até o fim de fevereiro o governo federal deve apresentar alguma novidade relacionada ao assunto. “Na prática, desde o último dia 20, não está autorizando nenhum carro”, afirmou.

Para o presidente da Associação Brasileira da Blindagem (Abrablin), Marcelo Silva, o decreto foi mal redigido e as blindadoras e cidadãos estão sendo prejudicados. “Ficamos no mesmo pacote das armas e pegamos a rebarba. A gente tem que trabalhar”, afirma.

Em nota, a Abrablin informou que sempre trabalhou em prol de registros e controles e a relação com os órgãos reguladores sempre foi de cordialidade e não de apontar erros e sim contribuir com as Forças Armadas no sentido de fazer um mercado sério. Controlado dentro de uma condição que seja factível para as empresas, consumidores e órgãos reguladores.

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