Escolas fechadas e casas trancadas: a caçada a brasileiro foragido condenado à prisão perpétua nos EUA

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A busca pelo brasileiro Danilo Cavalcante, sentenciado à prisão perpétua nos Estados Unidos, tomou proporções dramáticas, envolvendo helicópteros, o fechamento de escolas e aconselhamento aos moradores para permanecerem em casa.

A fuga de Cavalcante da penitenciária viralizou nas redes sociais, ASSISTA ABAIXO

O indivíduo de 34 anos conseguiu evadir-se da prisão do condado de Chester, em West Chester, no estado americano da Pensilvânia, em 31 de agosto, escalando paredes separadas por um corredor estreito de 1,5 metro.

Na semana anterior, ele havia sido condenado à prisão perpétua por assassinar brutalmente sua ex-namorada, a maranhense Débora Evangelista Brandão, com 38 facadas.

Débora Brandão tinha dois filhos e foi morta por Cavalcante

A vítima, com 34 anos na época, foi morta diante de seus dois filhos pequenos, de quatro e sete anos.

De acordo com as investigações, Danilo não aceitou o fim do relacionamento e ameaçou a vítima desde 2020. Ele foi preso menos de duas horas após o homicídio.

Flagrado em diversas ocasiões Pule o Podcast e prossiga lendo Brasil Partido Brasil Partido João Fellet explora como os brasileiros chegaram ao atual nível de polarização.

Episódios Fim do Podcast Desde sua fuga, Cavalcante foi flagrado em diversas ocasiões, sempre nas proximidades da penitenciária. As autoridades acreditam que ele está se escondendo em áreas densamente arborizadas para evitar a captura.

No sábado, 2 de setembro, ele foi captado pelas câmeras de vigilância, carregando uma mochila, a cerca de um quilômetro e meio da prisão, conforme relatado pela emissora local 6ABC.

Cavalcante foi flagrado por câmeras de vigilância diversas vezes desde que fugiu da prisão

Na noite de segunda-feira, 4 de setembro, Cavalcante foi novamente avistado por uma câmera nas proximidades dos Longwood Gardens, um jardim botânico em Kennett Square, Pensilvânia, mais ao sul.

Como resultado, o popular destino turístico permaneceu fechado na quarta-feira enquanto as autoridades policiais intensificavam as buscas.

Um morador da cidade, Ryan Drummond, relatou ao jornal americano New York Times que tem “absoluta certeza” de ter visto Cavalcante na noite de sexta-feira após ouvir um ruído em sua cozinha e encontrar portas abertas.

Ele afirmou que viu um homem carregando uma sacola saindo de sua casa e depois percebeu que algumas frutas que havia comprado haviam desaparecido. Quando a polícia chegou, a residência estava vazia.

Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira, o tenente-coronel George Bivens, da Polícia Estadual da Pensilvânia, aconselhou os residentes da área de busca a “evitar as áreas arborizadas e ficar dentro das imediações de suas casas”, pois acredita-se que Cavalcante ainda esteja nas proximidades da prisão, em um raio de aproximadamente cinco quilômetros.

“Não estamos, de forma alguma, tentando manter as pessoas trancadas em casa, mas desejamos garantir a máxima segurança dos moradores enquanto realizamos buscas abrangentes naquela região”, explicou Bivens.

Escolas permaneceram fechadas na quarta-feira devido às operações de busca.

De acordo com o New York Times, as autoridades também estão veiculando uma gravação da mãe de Cavalcante, em português, pedindo que ele se entregue.

A promotora distrital do condado de Chester, Deborah Ryan, aconselhou os moradores a permanecerem “vigilantes” enquanto Cavalcante permanecer foragido.

“Tranquem suas portas. Tranquem seus carros. Ele ainda é considerado um indivíduo extremamente perigoso”, alertou ela aos jornalistas no fim de semana.

O nome do brasileiro é divulgado como “Danelo” nos comunicados e postagens nas redes sociais da polícia americana.

Segundo as autoridades americanas, Cavalcante também é procurado por assassinato no Brasil.

Informações do jornal O Globo indicam que ele está envolvido em um assassinato ocorrido em 2017 no Tocantins.

Ele é réu no caso do homicídio de Valter Júnior Moreira dos Reis, morto a tiros em uma praça em Figueirópolis.

Fuga De acordo com as autoridades, Cavalcante escalou as mesmas paredes que outro detento havia escalado no início deste ano para fugir.

Elas explicam que arame farpado foi instalado após a fuga anterior, mas não foi eficaz em impedir a evasão do brasileiro.

O diretor interino da prisão do condado de Chester revelou em entrevista à imprensa que a prisão contratou consultores de segurança após a fuga de Igor Bolte em 19 de maio.

Em depoimento à polícia após sua captura, Bolte afirmou que usou seu conhecimento em escalada para escapar.

Os consultores identificaram uma falha, afirmou o diretor-interino Howard Holland, e arame farpado foi instalado para evitar que outros detentos usassem a mesma rota de fuga.

“Havíamos acreditado que nossos protocolos de segurança eram suficientes, mas isso provou ser o contrário. Agora, estamos agindo rapidamente para aprimorar nossas medidas de segurança”, assegurou Holland.

O vídeo mostra como Cavalcante “escalou uma parede como um caranguejo, passando pelo arame farpado”, detalhou Holland na quarta-feira, descrevendo como ele colocou as mãos em uma parede e os pés na outra para subir.

Após alcançarem o telhado, os detentos, em ambos os casos, conseguiram descer uma escada para uma parte menos segura da prisão.

Questionado sobre como uma fuga semelhante à anterior ocorreu em tão pouco tempo, Holland respondeu: “Pensamos que tínhamos tomado as medidas apropriadas com o arame farpado”.

No momento da fuga, pouco antes das 9h (9h de Brasília), um agente penitenciário estava na torre de observação.

No entanto, ele aparentemente não conseguiu monitorar o circuito interno.