19/09/2023

Acadêmicos de medicina são expulsos de universidade após masturbação coletiva

Acadêmicos de medicina são expulsos de universidade após masturbação coletiva

 

A Universidade de Santo Amaro (Unisa) expulsou, na noite de segunda-feira (18), os alunos do curso de medicina que ficaram nus e praticaram masturbação coletiva durante uma competição esportiva em São Carlos, no interior de São Paulo, em abril.

As imagens do ato de importunação sexual foram registradas durante o evento esportivo Calo 2023 e repercutiram nas redes sociais no último fim de semana. Os alunos faziam parte do time de futsal da Unisa.

Os vídeos mostram os jovens com as calças abaixadas, tocando os pênis, diante do público enquanto o time de vôlei feminino da Unisa jogava contra a Universidade São Camilo.

 

Após tomar conhecimento dos fatos, a Unisa repudiou a atitude dos alunos. “A instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento. Considerando ainda a gravidade dos fatos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis.”

 

A atlética de medicina da Unisa publicou uma nota sobre o ocorrido e enfatiza que as “filmagens não representam os princípios e valores” da atlética. “Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório”, escreveu.

O ato se enquadra no artigo 215 do Código Penal como crime de importunação sexual. A pena prevista é de 1 a 5 anos de reclusão. Definido pela Lei n. 13.718/18, o crime de importunação sexual “é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém de forma não consensual, com o objetivo de ‘satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.

 

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Ministérios das Mulheres repudiaram a atitude. “Absurdas as cenas dos alunos de medicina da da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo. A nossa luta sempre será por um ambiente universitário sem machismo e sem assédio”, advertiu a UNE.

Nas redes sociais, o influenciador Felipe Neto republicou o vídeo e exigiu uma atitude contundente da Unisa. “Olá, Unisa – o Brasil está esperando o posicionamento de vocês quanto aos alunos de medicina que se masturbaram publicamente nos jogos universitários, cometendo crimes. A faculdade não vai se pronunciar? Não vai fazer nada?”

Confira, na íntegra, a nota da Unisa:

“A Universidade Santo Amaro – Unisa informa que, na manhã de hoje, dia 18 de setembro, sua Reitoria tomou conhecimento de publicações em redes sociais divulgadas durante o fim de semana de 16 e 17 de setembro, contendo gravíssimas ocorrências envolvendo alunos do seu curso de Medicina.

De acordo com tais vídeos, alguns alunos, todos do sexo masculino, executaram atos execráveis, ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual, durante competição esportiva envolvendo estudantes de Medicina da Unisa e de outra Universidade, realizada na cidade de São Carlos.

Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento.

Considerando ainda a gravidade dos fatos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis.

A Unisa, Instituição com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores.”

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