01/04/2024
OMS Alerta: Epidemia de Dengue na América do Sul Pode Ser a Mais Grave da História
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alarme preocupante nesta quinta-feira, 28 de março, alertando para a possibilidade de uma epidemia de dengue sem precedentes na América do Sul. Em uma coletiva de imprensa, a OMS apresentou dados alarmantes, indicando que até 26 de março deste ano, as Américas já haviam registrado 3,5 milhões de casos de dengue, resultando em mais de mil óbitos. Esse número representa um aumento de três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior, que fechou com 4,5 milhões de casos.
Antes de acessar a nossa matéria completa, gostaríamos de informar que este conteúdo é disponibilizado gratuitamente. E é importante destacar que este artigo contém um breve intervalo publicitário
Sylvain Aldighieri, diretor do departamento de prevenção, controle e eliminação de doenças da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço regional da OMS, ressaltou a gravidade da situação, alertando que 2024 poderá testemunhar um recorde de casos da doença na região.
O Brasil, Paraguai e Argentina estão no epicentro dessa crise, contribuindo juntos com 92% dos casos e 87% das mortes relacionadas à dengue nas Américas. A sazonalidade da doença, com maior transmissão durante o primeiro semestre do ano, é destacada pela OMS, devido ao clima mais quente e chuvoso, condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue.
Jarbas Barbosa, diretor da Opas, enfatizou o risco aumentado de epidemias e formas mais graves da doença devido à circulação simultânea de dois ou mais sorotipos do vírus da dengue. Atualmente, pelo menos 21 países das Américas enfrentam essa situação, o que representa um desafio adicional.
Além disso, Barbosa mencionou a expansão geográfica do Aedes aegypti para áreas anteriormente não afetadas, o que aumenta o risco para países que podem não estar preparados para lidar com um surto. Em relação à vacinação, que começou a ser implementada no Brasil desde fevereiro, Barbosa foi cauteloso, explicando que seu impacto na transmissão da dengue só será observado após anos de vacinação contínua. Enquanto isso, a eliminação de criadouros do mosquito permanece como a principal medida de controle.
A OMS também chamou a atenção para os desafios adicionais impostos pelas mudanças climáticas e fenômenos como o El Niño, que podem contribuir para o aumento dos casos de dengue. O crescimento populacional acelerado e a urbanização descontrolada também foram destacados como fatores que complicam a resposta a essa crise de saúde pública.
Diante desse cenário crítico, é urgente que os países afetados intensifiquem suas medidas de controle e prevenção da dengue, além de investirem em pesquisa e inovação para enfrentar esse desafio de saúde global.
Fonte: OMS, Organização Pan-Americana da Saúde