14/11/2025

Palmense é presa em operação que apura desvio de R$ 11,9 milhões de aposentadorias

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A palmense Thaisa Hoffmann Jonasson foi presa nesta quinta-feira (13), em Curitiba, na 4ª fase da Operação Sem Desconto, que apura desvios de valores de aposentados e pensionistas do INSS.

A médica foi presa juntamente com seu esposo, o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, que se entregou à Polícia Federal, na Superintendência da capital do Estado.

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Virgílio ocupou o cargo de procurador do INSS até ser afastado da função em abril de 2025, por determinação da Justiça Federal. O afastamento ocorreu no mesmo dia em que a PF deflagrou uma operação sobre um esquema de desvios na Previdência.

Segundo as investigações, o ex-procurador recebeu, por meio de empresas e de contas bancárias da esposa, R$ 11,9 milhões de empresas relacionadas às associações investigadas por descontos irregulares em benefícios previdenciários.

Em 23 de outubro, Thaisa compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, no Congresso Nacional, mas permaneceu em silêncio durante a maior parte do depoimento. Amparada por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Thaisa usou o direito de não responder a perguntas que pudessem levá-la à autoincriminação.

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Thaisa Hoffmann Jonasson foi chamada à CPMI para esclarecer a engenharia financeira e societária do esquema de descontos associativos irregulares nos benefícios de aposentados. De acordo com as investigações, ela é sócia de empresas que estariam no núcleo de intermediação de pagamentos e na circulação de valores suspeitos, como a Curitiba Consultoria em Serviços Médicos S.A., a THJ Consultoria Ltda. e o Centro Médico Vita Care.

Em sua declaração inicial, Thaisa afirmou que jamais esteve envolvida em qualquer prática ilícita. “Minha trajetória sempre foi pautada pela ética, pelo respeito e pelo compromisso com o bem-estar das pessoas”, disse.

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Posteriormente, Thaisa Hoffmann reforçou a legitimidade de suas atividades. Ela disse que a verdade vai aparecer e que documentos comprobatórios serão fornecidos por sua defesa nos autos, e não no “ambiente hostil” da CPMI.

Fontes: G1 e Agência Câmara