17/05/2022

Yakecan: Ciclone subtropical pode atingir o Sul com ventos de 110 km/h

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Ventos podem chegar a 117 km/h; fenômeno pode causar destruição em cidades do Rio Grande do Sul

Um ciclone subtropical, com intensidade atípica, deve atingir a região Sul do Brasil nesta terça-feira (17). Órgãos de meteorologia e a Marinha do Brasil já colocam o estado do Rio Grande do Sul em alerta, para registro de ventos que podem atingir 117 km/h. Não está previsto um grande volume de chuva, porém, o vendaval pode causar estragos.

Ciclone deixa Sul do Brasil em alerta e pode causar neve e chuva congelada

De acordo com a Marinha, ventos com intensidade mais forte já atingem a faixa litorânea do Rio Grande do Sul (RS) e de Santa Catarina (SC), ao sul de Laguna, desde domingo (15). Existe a previsão de dois ciclones para a América do Sul neste mês de maio, e o primeiro, que atingiu com mais intensidade a Argentina neste final de semana já causou efeitos nas praias do RS.

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Entretanto, o segundo ciclone, nomeado de Yakecan, previsto para esta terça-feira (17), é o que causa mais preocupação para os estados da região sul.  Ao interagir com o ar frio, o ciclone pode trazer chuva congelada e neve misturada à chuva amanhã e quarta-feira nos Aparados (RS), Planalto Sul e Norte de Santa Catarina, e no Sul do Paraná. Os dois dias serão muito frios com chuva, vento e baixa sensação em várias cidades.

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Ciclones são comuns durante os meses de outono, inverno e primavera no Atlântico Sul pelo encontro de massas de ar quente e frio de diferentes pressões atmosféricas. Normalmente, os sistemas se formam na altura do Rio da Prata ou mais ao Sul do Atlântico, como na costa de Buenos Aires ou junto à Patagônia. São estes ciclones que impulsionam massas de ar frio com o conhecido vento “Minuano” no Rio Grande do Sul e que ao interagirem com o ar polar acabam em algumas vezes provocando neve.

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Histórico preocupante

Em maio de 2008, um ciclone com as mesmas características devastou o Rio Grande do Sul. Com rajadas de ventos que atingiram 118 km/h, o fenômeno causou uma morte e deixou muitos estragos em todo estado. As rajadas mais intensas ocorreram no Nordeste gaúcho, em áreas da Serra, dos vales, da Grande Porto Alegre e do Litoral Norte.

Centenas de milhares de pessoas ficaram sem luz e houve desabastecimento de água. A luz levou dias para voltar em vários pontos pela destruição da rede elétrica. Centenas de árvores caíram em Porto Alegre e a Redenção foi duramente castigada com grande número de vegetais tombados no parque da capital. Na Serra, um homem morreu quando o veículo em que estava foi atingido pela queda de uma árvore em rodovia no município de Serafina Correa. Houve destelhamentos na Grande Porto Alegre, Serra e Litoral.

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