26/07/2023
Novo ciclone extratropical atinge hoje o Rio Grande do Sul, de acordo com informações fornecidas pelos meteorologistas. Embora seja prevista a ocorrência de rajadas de vento entre 60 e 75 km/h, os especialistas afirmam que os riscos associados são baixos.
Os meteorologistas emitiram um alerta sobre a formação de um novo ciclone extratropical nesta quarta-feira (26) que afetará os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, trazendo a possibilidade de fortes ventos e chuvas. Esse evento será o quarto do tipo a impactar a região Sul do país desde meados de junho. Confira abaixo as áreas que devem ser afetadas.
O Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil emitiu alerta para toda a faixa litorânea, desde Chuí, no Rio Grande do Sul, até Florianópolis, em Santa Catarina, onde são esperadas rajadas de vento entre 60 e 75 km/h. Até a última terça-feira (25), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já havia registrado chuvas de até 50 mm/dia e ventos intensos de 40 a 60 km/h no Rio Grande do Sul.
A partir de hoje, espera-se que os ventos se intensifiquem nas regiões litorâneas de ambos os estados, o que pode levar à movimentação de dunas de areia e afetar construções próximas à orla.
As autoridades ligadas ao Ministério da Agricultura também informam que, em comparação com ciclones anteriores, este apresenta um baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. Ele está classificado como “perigo potencial”, o estágio menos grave na escala de risco.
Apesar disso, o novo ciclone pode desencadear trovoadas e queda de granizo, de acordo com a meteorologista Desirée Brandt, que concedeu uma entrevista à CNN. “A chuva será na forma de temporais, com algumas rajadas de vento, trovoadas e, eventualmente, granizo”, explicou Brandt.
As regiões que sofrerão com ventos costeiros intensos a partir de hoje incluem o sul de Santa Catarina, a região metropolitana de Porto Alegre, o Vale do Itajaí, a Grande Florianópolis e o sudeste do Rio Grande do Sul.
Já desde a segunda-feira (24), as áreas que estão enfrentando fortes chuvas são o sudoeste, centro ocidental, centro oriental e sudeste do Rio Grande do Sul, além da região metropolitana da capital Porto Alegre.
O que é um ciclone extratropical: Esse fenômeno é caracterizado por um sistema de baixa pressão atmosférica que ocorre em latitudes médias, ou seja, longe da região equatorial.
Normalmente, a sua formação ocorre devido à diferença de temperatura entre a região equatorial e as latitudes médias. O ar quente da região equatorial sobe, enquanto o ar frio das latitudes médias desce, criando uma zona de conflito que pode gerar os ciclones.
A presença de correntes de ar em altitudes diferentes também pode contribuir para a formação desses fenômenos.
Embora os ciclones extratropicais sejam mais comuns em regiões como a Europa, América do Norte e Ásia, também podem ocorrer em países como o Brasil, na América do Sul. Esses ciclones costumam se caracterizar por fortes ventos, chuvas intensas e até mesmo neve, dependendo da região e da estação do ano.
Tipos de ciclones: Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os ciclones geralmente surgem sobre os oceanos, principalmente em regiões tropicais (entre os trópicos de Câncer e Capricórnio). Eles podem durar vários dias e se deslocar por longas distâncias, podendo se tornar muito intensos em alguns casos.
No entanto, existem também casos em que esses fenômenos ocorrem fora das regiões tropicais, recebendo o nome de ciclones extratropicais.
Nos eventos tropicais, a energia vem da evaporação da água do mar, enquanto nos extratropicais, há uma frente fria associada. Os ventos são mais fracos e a energia vem de contrastes térmicos horizontais, ou seja, da massa de ar frio próxima a uma massa de ar quente.
Medidas para minimizar o impacto dos ciclones: A Defesa Civil ressalta a importância de seguir as medidas preventivas recomendadas pelas autoridades para minimizar os impactos desses fenômenos.
Essas medidas incluem o monitoramento constante da previsão do tempo, a realização de obras de infraestrutura pelo poder público para evitar enchentes e deslizamentos de terra, e a conscientização da população sobre a importância de procurar abrigo seguro durante a passagem dos ciclones.
Os ventos costeiros intensos devem afetar a partir de hoje o sul catarinense, a região metropolitana de Porto Alegre, o Vale do Itajaí, a Grande Florianópolis, e o sudeste do Rio Grande do Sul.
Fazem parte dessas áreas os seguintes municípios: (veja mapa)
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Araranguá (SC)
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Arroio do Sal (SC)
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Balneário Arroio do Silva (SC)
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Balneário Camboriú (SC)
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Balneário Gaivota (SC)
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Balneário Pinhal (RS)
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Balneário Rincão (SC)
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Biguaçu (SC)
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Bombinhas (SC)
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Camboriú (SC)
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Capão da Canoa (RS)
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Capivari do Sul (RS)
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Chuí (RS)
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Cidreira (RS)
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Criciúma (SC)
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Dom Pedro de Alcântara (RS)
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Florianópolis (SC)
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Garopaba (SC)
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Governador Celso Ramos (SC)
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Içara (SC)
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Imaruí (SC)
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Imbé (RS)
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Imbituba (SC)
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Itapema (SC)
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Jaguaruna (SC)
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Laguna (SC)
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Maquiné (RS)
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Maracajá (SC)
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Morrinhos do Sul (RS)
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Mostardas (RS)
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Osório (RS)
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Palhoça (SC)
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Palmares do Sul (RS)
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Passo de Torres (SC)
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Paulo Lopes (SC)
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Pescaria Brava (SC)
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Porto Belo (SC)
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Rio Grande (RS)
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Sangão (SC)
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Santa Rosa do Sul (SC)
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Santa Vitória do Palmar (RS)
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Santo Amaro da Imperatriz (SC)
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São João do Sul (SC)
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São José (SC)
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São José do Norte (RS)
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Sombrio (SC)
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Tavares (RS)
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Terra de Areia (RS)
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Tijucas (SC)
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Torres (RS)
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Tramandaí (RS)
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Três Cachoeiras (RS)
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Tubarão (SC)
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Xangri-lá (RS)