14/07/2023
Data: 14 de agosto de 1959
No dia 14 de agosto de 1959, a cidade de Palmas, localizada no Sudoeste do Paraná, foi assolada por uma tragédia que deixou a população em estado de luto e pânico. Um tornado destrutivo atravessou a região, ceifando a vida de pelo menos 35 pessoas e deixando um rastro de destruição em seu caminho.
A Fazenda Fortaleza, situada a cerca de 30 km do centro de Palmas, foi o epicentro dessa catástrofe. Flora Nadir Tonial, uma sobrevivente, recorda vividamente o momento em que percebeu a aproximação do tornado. Enquanto recolhia as roupas do varal, Flora notou a formação de nuvens escuras e um barulho ensurdecedor que não se assemelhava às trovoadas comuns. Ela logo percebeu que se tratava de algo muito mais perigoso: um furacão em direção à sua comunidade.
Até hoje, mais de meio século depois, os sobreviventes têm dificuldade em falar sobre a devastação que presenciaram naquele dia fatídico. Por volta das 16h30, o vento aumentou de intensidade, seguido por uma chuva de granizo. Os moradores buscaram abrigo em suas casas, mas cerca de duas horas depois, os ventos atingiram velocidades superiores a 200 km/h, varrendo o vilarejo por completo.
Até o momento, os moradores locais não têm certeza do que exatamente os atingiu, mas suspeitam que tenha sido um tornado. Casas foram arrasadas, pessoas foram arremessadas a dezenas de metros de distância de suas moradias, árvores foram arrancadas pelas raízes e rebanhos inteiros de gado foram dizimados.
Na Fazenda Fortaleza, o número de mortes chegou a 35, enquanto nas propriedades vizinhas nenhum dano ocorreu. As famílias que viviam nas terras de José Antônio de Araújo Maciel, conhecido como Tuta, foram afetadas pela tragédia. Ali existia uma serraria chamada Santo Antônio, além de 12 casas e galpões, cujos moradores dependiam economicamente do comércio de madeira.